Cerimônia em Caraguatatuba marca os 203 anos da Independência do Brasil com hasteamento de pavilhões, hinos e memória histórica nacional.
Neste domingo (7), Caraguatatuba realiza a tradicional cerimônia cívica de hasteamento dos pavilhões em homenagem ao 203º aniversário da Independência do Brasil. O ato ocorre às 7h30, na sede da Secretaria de Turismo, no Centro, e reúne autoridades civis, militares, representantes da sociedade e moradores.
Durante a solenidade, haverá a execução dos hinos Nacional, da Independência e de Caraguatatuba, reforçando o simbolismo da data que marcou o rompimento político entre Brasil e Portugal em 1822.
O caminho até o 7 de setembro
Segundo o escritor Laurentino Gomes, em sua obra 1822, o movimento pela independência começou muito antes do célebre “Grito do Ipiranga”. Em 9 de janeiro de 1822, quando anunciou o “Dia do Fico”, Dom Pedro I já indicava que não atenderia às ordens das Cortes Portuguesas para regressar a Lisboa.
Nos meses seguintes, a tensão aumentou com decretos que limitavam seus poderes e a chegada de tropas portuguesas ao Brasil. Pressionado por José Bonifácio e pela princesa Leopoldina, Dom Pedro fez a escolha decisiva: permanecer no Brasil e proclamar a independência.
No dia 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, o príncipe regente declarou:
“De hoje em diante estão quebradas as nossas relações. Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal.”
Pedro Américo e a pintura que imortalizou o momento
Poucos sabem que a icônica obra “Independência ou Morte”, presente em todos os livros escolares, foi pintada por um paraibano. Pedro Américo, nascido em Areia (PB) em 1843, saiu do sertão nordestino para estudar em grandes centros da Europa com apoio de Dom Pedro II.
Pintor, escritor, professor e político, ele transformou a cena histórica em uma verdadeira epopeia visual, inspirada no classicismo europeu, retratando personagens como heróis da Antiguidade. Sua tela, concluída em 1888, projetou a independência brasileira ao mesmo patamar das grandes narrativas universais.
O hino da Independência
Pouco lembrado hoje, o Hino da Independência foi escrito por Evaristo da Veiga em 1822 e recebeu melodia composta pelo próprio Dom Pedro I, que também possuía formação musical. Embora tenha caído em desuso após a abdicação do imperador, a canção foi resgatada na década de 1930 pelo governo de Getúlio Vargas, consolidando a autoria musical de Pedro I.
Celebração em Caraguatatuba
A cerimônia deste ano reforça a importância da memória nacional e da participação popular em momentos de celebração cívica. Caraguatatuba mantém viva a tradição, convidando a comunidade a refletir sobre os valores de independência, soberania e construção da identidade brasileira.
Serviço
Secretaria de Turismo – Av. Dr. Arthur Costa Filho, 25 – Centro, Caraguatatuba/SP
Domingo, 7 de setembro, às 7h30
Fonte: Prefeitura de Caraguatatuba/SP