Ilhabela encerra Agosto Lilás com rodas, palestras, cartilhas e reforço na rede de apoio à mulher. Conheça as ações e canais de denúncia disponíveis.
A Prefeitura de Ilhabela concluiu a campanha “Agosto Lilás – Violência não tem desculpa! Tem lei!” com uma série de ações que sensibilizaram a população sobre a prevenção e o enfrentamento à violência contra a mulher.
Um mês de diálogo e conscientização
A programação incluiu rodas de conversa no CRAS, presentes nos períodos da manhã e tarde, com participação da OAB, grupos de idosos e mães do Projeto “Viva a Vida” nas UBS do Itaquanduba. Comunidades tradicionais como Castelhanos e Ilha da Vitória também foram envolvidas com ações locais.
Educação e prevenção nas escolas
Em parceria com a Polícia Militar, palestras foram realizadas em escolas estaduais e municipais, com distribuição de materiais gráficos. As ações se estenderam à Associação Barreiros e envolveram ampla mobilização nas comunidades educacionais.
Mobilização visual e presencial
Cartazes e informativos foram colocados estrategicamente em pontos como delegacia, hospital, base da PM, comércio local, pontos de ônibus e em toda a frota da Expresso Fênix. Além disso, equipes do CRAS percorreram as ruas, especialmente nas zonas norte e sul, para distribuir materiais e dialogar com a população.
Base informativa e canais acessíveis
Foi lançada a Cartilha de Proteção à Vítima de Violência Contra a Mulher, disponível no site da Prefeitura como ferramenta para orientar mulheres sobre os serviços públicos disponíveis. Para denúncias, a cidade conta com a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180 ou WhatsApp 61 9610-0180), além da Sala Lilás na Delegacia — espaço especializado e acolhedor para vítimas. O atendimento também está extensivo nas unidades da rede pública: Delegacia, CREAS, CRAS e UBSs.
Contexto preocupante
Segundo dados extraídos do SINANet, entre 2020 e 2024 Ilhabela registrou 308 casos de violência interpessoal, sendo 241 só em 2024 — o maior índice registrado no período. As vítimas são majoritariamente mulheres entre 19 e 39 anos. Em jovens de 4 a 18 anos, predominam casos de violência sexual. O ambiente doméstico segue como principal espaço das agressões, majoritariamente cometidas por pessoas próximas. A violência psicológica corresponde a 48% dos registros, seguida pela física (22%) e sexual (13%).
Fonte: Prefeitura de Ilhabela/SP