Decisão judicial isenta São Sebastião por tragédia de 2023. Prefeito Felipe Augusto liderou ações emergenciais e buscou apoio externo imediato.
Em fevereiro de 2023, o Litoral Norte de São Paulo — especialmente São Sebastião — foi devastado por chuvas históricas. Em apenas 24 horas, o município registrou 626 mm de precipitação, o maior índice já medido no Brasil em um único dia. O volume resultou em 64 mortes, centenas de feridos e mais de mil desabrigados e desalojados, com bairros inteiros isolados e rodovias bloqueadas.
O episódio foi considerado um evento climático extremo, ligado à intensificação da crise climática global, e levou o governo federal a decretar estado de calamidade pública na região.
O pedido de indenização e a decisão judicial
O Ministério Público e a Defensoria Pública de São Paulo moveram ação contra o município, alegando omissão e pedindo:
-
R$ 20 milhões por dano moral coletivo;
-
R$ 10 milhões por dano social;
-
Indenizações individuais para as famílias atingidas.
Entretanto, o juiz Vitor Hugo Aquino de Oliveira concluiu que as chuvas foram um fenômeno meteorológico imprevisível e atípico e que os alertas emitidos à época não previam a real gravidade do evento. Dessa forma, afastou a responsabilidade do município e negou as indenizações coletivas e individuais.
A atuação do prefeito Felipe Augusto
Naquele período, o então prefeito Felipe Augusto desempenhou papel central na resposta à tragédia. Ele mobilizou imediatamente equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e voluntários, organizando abrigos emergenciais para famílias desabrigadas.
Além disso, Felipe buscou apoio junto aos governos estadual e federal, garantindo o envio de forças-tarefa, recursos financeiros e assistência humanitária. Sua atuação foi marcada por ações diárias de coordenação e comunicação pública, inclusive durante entrevistas que repercutiram em todo o país.
Graças à pressão e articulação política do prefeito, São Sebastião recebeu apoio de diferentes esferas do poder público, além de doações da sociedade civil, o que ajudou a minimizar os impactos imediatos e acelerar o início da reconstrução.
Reação da Prefeitura e medidas posteriores
Após a decisão judicial de 2025, a prefeitura destacou que o reconhecimento da Justiça reforça a natureza incontrolável do desastre. Também informou que, desde então, vem ampliando medidas de regularização de áreas de risco, treinamentos da Defesa Civil e ações preventivas voltadas à segurança da população.
Mais do que chuva: causas estruturais
Embora a decisão judicial afaste a responsabilidade do município, especialistas lembram que tragédias dessa magnitude resultam da combinação de chuva extrema e ocupação irregular em áreas frágeis. Portanto, medidas de planejamento urbano, habitação segura e preservação ambiental seguem sendo essenciais para reduzir riscos futuros.